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sábado, 12 de maio de 2012

Aquele Beijo

       Era fim de ano, época de confraternização da empresa da qual o senhor Leonardo era dono. Como de costume, ele fazia uma enorme festa para seus funcionários regada a muita comida, bebida e claro, uma boa dança. Todos os anos o anfitrião era acompanhado por sua esposa Eva e sua filha Sophia. Mas infelizmente naquele ano não pôde ter a companhia de sua mulher, pois estava grávida e próxima à data de conceber o seu segundo filho. A tradição não poderia ser quebrada, a festa tinha que acontecer, então seu Leonardo levou somente sua filha.
            Chegaram à festa pontualmente para receberem seus convidados, que elogiaram bastante Sophia pois estava muito bonita com um batom rosa maravilhoso na boca. Já estavam todos festejando, comendo, bebendo, rindo, jogando conversa fora, quando enfim chegou a hora do baile. Cada um pegou seu par, quem não tinha tratou de procurar e Sophia concedeu uma dança para seu pai. Seu Leonardo emocionado, abraçou sua filha que retribuiu com um beijo bem carinhoso e acabou sujando com seu batom rosa o colarinho da camisa dele.
            Seu Leonardo foi ao banheiro e se deparou com a mancha de batom em sua roupa. Especulou e imaginou a cena da crise que Eva teria ao ver aquilo:
_ Como foi a festa meu amor?
 _ Ocorreu tudo bem querida! - E tira o paletó, já esperando o que Eva vai dizer.
_ O que significa isso na sua camisa?
            Leonardo explica tudo, exatamente como aconteceu, os comprimentos, a bebida, a comida, o baile e a marca do batom de Sophia.
_ Foi isso que aconteceu querida.
_ SEU CRETINO!
_ Mas, meu bem...
_ Está me achando com cara de idiota? Eu sei perfeitamente como surgiu essa maldita marca de batom. Você fugiu de Sophia durante a festa para se atracar com alguma secretária de sua empresa. E ainda tem a coragem de me contar essa história que nem mesmo esse neném - e coloca a mão na barriga - acreditaria! Foi da boca de uma sirigaita qualquer que saiu esse beijo.
            E Eva sairia chorando, correndo para o quarto.
            Finalmente, Sophia e Leonardo chegaram em casa. E Eva comenta:
_ A festa devia estar muito boa para vocês chegarem em casa a essa hora!
_ É, o pessoal gostou e ficou até tarde. 
_ E por que essa cara?
_ Nada, nada. Estou exausto.  - E tira o paletó.
_ Que marca de batom é essa?
_  É marca da boca de uma sirigaita da empresa. Fugi da Sophia e te traí. Pronto! Foi isso que aconteceu, não tenho desculpas. Cabe à você saber qual rumo irá tomar nosso casamento.
_ Como você teve coragem de fazer isso comigo? Estou esperando um filho teu,  eu não merecia isso!
            Correu para o quarto chorando e depois de um bom tempo saiu mais tranquila e disse:
_ O que importa é que você me disse a verdade.
            Deu um beijo no marido e foi dormir.



Conto produzido pelas alunas Brisa Gabriella e Laryssa Campos

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