— Tchau, Pedro e Feliz
Aniversário novamente.
— Tchau, Parabéns!
E assim
se despediram vovó e Tio Eduardo, assim não sobrando, mas nenhum convidado.
— Agora
sim, vamos abrir os presentes! – Disse mamãe
— Sim, Vamos! – Respondi.
Fomos
abrindo vários presentes, e como de costume a maioria eram roupas. Em meio a
várias roupas, uma me chamou a atenção, era uma blusa de frio rosa com bolinhas
brancas, que fora dada por tia Helena. Mamãe havia reparado em meu olhar de
surpresa com aquela blusa.
— O que
foi? Não gostou da blusa? disse mamãe segurando a blusa em suas mãos
—Gostei
Sim. respondi tentando disfarçar o olhar
de insatisfação.
Mamãe
pareceu convencida, e não insistiu. A verdade era que não tinha gostado nenhum
pouco da blusa, mas pensei:
— ‘’Ah rapidinho dou um
jeito, é só a deixar mofando no guarda – roupas que mamãe não vai perceber que
não estou usando-a
No dia
seguinte, coloquei meu plano em prática, escondi direitinho a blusa de frio
dentro do guarda-roupa. Porém, o que eu não sabia que mamãe arrumaria meu
guarda-roupa neste dia.
— Já vou indo para a escola,
tchau mãe!
— Tchau filho, cuidado!
Assim fui à escola, estava um dia frio, e eu
havia esquecido de levar minha blusa de
frio (a qual diferentemente, a dada por presente pela tia Helena , eu gostava
muito) como estava sentindo muito frio decidi dar uma olhada na mochila , na
esperança de achar a tal da blusa que eu tanto gostava. Mas, para minha
surpresa ao abrir minha mochila, me deparo com aquela coisa rosa, era a blusa
errada, tomei um susto, pois não sabia como aquilo havia parado ali. Acabei nem
ligando muito, contando que ela ficasse ali escondidinha dentro da mochila
ninguém iria ver. Pensei comigo mesmo.
E fazia cada vez mais frio, mas eu dizia a mim
mesmo:
— Por mais que faço frio, não
vou vestir isso!
As horas
foram passando, pouco antes de acabar a aula, movido pela raiva (e com bastante
frio) daquela blusa ter aparecido na minha mochila e de não ‘’poder usa-lá
‘’tomei uma atitude surpreendente, decidi pela segunda vez me livrar daquele
presente indesejado, joguei-o, sem ninguém ver, debaixo de um armário que
ficava no fundo da sala e o deixei lá.
Os minutos iam passando pouco a pouco, e cada
minuto eu me sentia mais arrependido por tal ato. Ao bater o sinal avisando o
termino das aulas, resolvi pegar de volta a blusa, mas para minha surpresa ela
não estava mais lá.
—Quem poderia ter pegado? Pensei
comigo mesmo, enquanto procurava desesperadamente e sozinho na sala.
Eis que
escuto uma voz, me chamando fora da sala.
— Pedro, Pedro! Gritava
Cecília.
—O que foi Cecília? Falei
preocupadamente.
—Acho que você esqueceu algo.
Cecília estava segurando a blusa.
Nessa hora não sabia o que fazer, se assumia
que a tal blusa era minha e passava vergonha na frente de Cecília, ou negava e
continuava com o arrependimento de ter ‘’jogado fora’’ um presente que fora me
dado com tanto carinho. Na hora a única coisa que consegui fazer foi ficar
parado sem reação.
— Tenho certeza que é sua.
Respondeu Cecília.
— C-c-certeza? Gaguejei.
— Sim, está escrito Pedro na
etiqueta dela e como a achei debaixo do armário da nossa sala, só pode ser sua,
você é o único Pedro que tem aqui nesta turma.
— Ah... Sim... É minha mesmo;
Respondi envergonhado.
—Então é isso, já vou indo.
Tchau Pedro!
—Obrigado, Tchau Cecília
No caminho de volta para casa, estava fazendo bastante
frio que já não estava dando para agüentar, não conseguia para de tremer. Foi
quando pensei comigo mesmo:
—Quer saber? Não deve ser tão
vergonhoso vestir esta blusa, pelo menos parece ser bastante quentinha...
Vesti a
blusa e fui seguindo o caminho de casa, quando cheguei lá perguntei mamãe como
foi que a blusa foi parar na minha mochila.
Ela me contou que havia lavado a minha outra
blusa e achou a que eu tinha ganhado da tia Helena no guarda-roupa, enquanto
arrumava-o e colocou-a em minha mochila, disse que não me avisou, pois eu havia
dito que tinha gostado tanto da blusa, que tomou a liberdade de coloca-lá
dentro da mochila e tomou liberdade também de colocar meu nome na etiqueta,
pois sabia como eu era muito esquecido, e podia acabar perdendo a blusa e se
alguém achasse saberia identificar de quem era. Mas logo perguntou:
— Por que a pergunta filho?
Algum problema?
—Não, problema nenhum mãe.
Aprendi
que deveria ter dito a verdade que não havia gostado da blusa desde o início,
aprendi que não devo mentir. Mas decidi não contar a verdade a mamãe, pois não
queria que ela pensasse que estava sendo ingrato, também acho que estou
começando a gostar deste presente, afinal o que pode haver de mal em uma
simples blusa de frio rosa?
FIM.
Conto produzido pelo aluno Hallyson Junio.
Vish,colocaram errado... Quem fez o texto fui eu '-'
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